PERSONAGENS
Teresinha: – Olá! Olá! Olaaaaaaaaaaaaaaá!!!
Olá? Mas quem é que eu estou a ver? Aquele não é o João Manuel? E a Carolina! Olá Maria! Olá outra Maria! Olá, Gui! Olá Matilde!
Tantos meninos: olá Alice, olá Anita! Olá, Beatriz! Olá, Dinis!
Olá, papás! Olá, mamãs! Olá, a todos! Estão a gostar do passeio? Gostam da minha cidade? Sim!, que bom!
Olha, Tommy! Tommy! Tommy, por favor, vem cá ver isto.
Tommy: – Ão, ão! Claro, Teresinha! Estou mesmo contente! Sabes o que estou a pensar, Teresinha?
Teresinha: – Não, Tommy! Tu pensas tantas coisas! Que estás a pensar?
Tommy: – Estou a pensar que sou um cão bem inteligente, e ou me engano ou isto é o Carmicoque! Sabes, Teresinha, eu fui ver o blog do Carmo Jovem. E isto é de certeza o Carmicoque.
Olha tantos meninos, Teresinha! Olha tantos papás e mamás!
Olá, carmicoques! olá, carmicocas!
Narrador: Fiu, fiu! Olá, olá, olá! Linda cidade, linda cidade! Belo dia para fazer amigos! Eu sei o que é fazer amigos! Crock! Cada salto, cada amigo! Olhem bem para mim!
Olha, olha! Tanto meninos! Bom dia, a todos! Bom dia, a todos!
Obrigado, Tommy! És mesmo um cão sabido! Acertaste em cheio! Vejo que gostas de andar informado e lês todas as informações do Blog do Carmo Jovem!
Mas, meus amigos: Vou apresentar-me. Chamo-me o Sapo Cocas e sou o narrador deste teatrinho da Florzinha chamada Teresinha. Vim de Nova Iorque ao primeiro Carmicoque porque ganhei um Óscar e fui contratado para vos contar a história de Teresinha.
Ora aqui vai:
Narrador: Teresinha nasceu muito antes do Rei Leão e da Princesa Pocaontas!
O seu país era muito belo e chama-se França. Eu conheço bem o país, porque vou tomar banho nalgumas lagoas bem deliciosas e quentinhas que existem na Riviera!
Sabem, ela tinha um papá e uma mamã. O papá chamava-se Luís, tinha umas grandes barbas e sabia fazer umas máquinas de medir o tempo chamadas re-ló-gi-os!
Também sabia fazer lindas jóias, e de Teresinha fez uma rainha! É o que vos digo! Porque uma rainha é mais que uma princesa!
Eu sou sapo, mas sei muito, mas mesmo muito de reis e rainhas! Olarila, é que sei mesmo!
A mamã da nossa querida Florzinha chamava-se Célia; era é muito meiguinha, tinha umas mãos lindas e sabia bordar lindamente lindos vestidos.
Ambos papás de Teresinha gostam muito de Jesus e de Maria. Conheceram-se ao entardecer dum dia, quando cruzavam uma ponte da sua cidade! Curioso não acham? Sim ou não?
Casaram pouco depois, à meia-noite dum dia 13 de Julho. Eram muito queridos e também românticos.
Viveram felizes na cidade de Lisieux, numa casa muito grande e bonita chamada Os Buissonets! Tivram cinco filhas, cinco meninas: a Maria, a Paulina, a Leónia, a Celina, e por fim nasceu mais uma menina, a Florzinha Teresinha.
Narrador: Olá, olá! Já estão cansados? É que ainda há muita história para contar.
Teresinha foi um bebé lindo! Um bebé lindo de morrer! Como tu! Era a última bebé da casa; era um bocado chorona e também mimada. Por tudo e por nada fazia beicinho. Toda a cidade ficou muito contente com o seu nascimento, e davam-lhe muitos carinhos. E ela fazia birrinhas! Era um Florzinha bebé.
Quando Teresinha já sabia andar, às vezes ao entrar em casa não se cansava de chamar pela mãe:
Teresinha: – Mãezinha, mãezinha!
Narrador: E a mãe atenta e pacientemente, respondia:
Mamã: – Estou aqui, estou aqui!
Narrador: E Teresinha convencida, dizia:
Teresinha: – Olha para mim, mamã! Vê como sou grande!
Narrador: E davam grandes abraços, xi-corações e muitos beijinhos!
Desde cedo a Mãe Célia lhe ia falando da amizade de Jesus! Contava-lhe lindas histórias; muito lindas que um dia também eu vos contarei, pois eu sei muitas histórias de Jesus a quem conheço muito bem!
Quando o Pai Luis chegava a casa era uma festa! As irmãs estavam todas a fazer os TPC’s, por isso só Teresinha se sentava no seu colo como quem se senta num trono.
Às vezes Teresinha jogava às escondidas. Aí o Pai Luis chegava devagarinho e perguntava docemente:
Papá: – A minha rainha? Onde está a minha rainha? Por favor tragam-me a minha rainha!
Narrador: Aí, Teresinha saía a correr do esconderijo e caía-lhe alegremente nos braços. Eram uns braços imensos, fortes, e umas mãos delicadas que sabiam fazer jóias. Mas também sabiam brincar, fazer cócegas e rezar. Enfim, sabiam fazer uma bela jóia para Jesus: Teresinha!
Narrador: Teresinha era um bebé intenso e corajoso! Já vão ver, prometo-vos. Reparem só: Quando tinha apenas três anos, disse:
Teresinha: – Eu sou de Jesus! Vou ser sempre de Jesus! Dou tudo a Jesus!
Narrador: A Mãe Célia e o Pai Luis nem queriam acreditar! Mas Teresinha batia com o pezito no chão e repetia com força:
Teresinha: – Eu sou de Jesus! Vou ser sempre de Jesus! Dou tudo a Jesus! Dou-lhe todos os meus brinquedos e flores! Dou-lhe os grilos e as estrelas.
Narrador: O Tommy também estava ali a ouvir. Fez um Âo-Ão bem grande e disse:
Tommy: – Eu sou um cão bem inteligente e também dou tudo a Jesus! Dou-lhe todas as minhas pulgas!
Narrador: Aos quatro anos a Florzinha perdeu a mamã. E logo correu a escolher Maria para segunda mamã. Foi Maria quem mais lhe falou de Jesus e a preparou para a Primeira Comunhão. E quando ela foi para o Carmelo escolheu Paulina como terceira mamã.
Quando depois perdeu a Paulina, adoeceu, e foi para a cama. Esteve muito doente, doente mesmo. Era como uma florzinha sem água, quase a morrer. Mas a Mãe de Jesus sorriu-lhe com um sorriso lindo e Ela curou-a do dói-dói.
Então a Florzinha Teresinha levantou-se e começou a crescer imenso!
Narrador: Vamos continuar a história da florzinha chamada Teresinha.
O Pai Luís tinha sempre imenso tempo para a sua querida rainha. E ela gostava muito de passear com o papá pelos jardins. Gostava de ver as flores e os passarinhos, os melros e também os mosquitos. Davam longos passeios com o cão inteligente chamado… Chamado… Ai, que me esqueci…,
Iam juntos à pesca. Ou ficavam, simplesmente, a olhar o céu e as estrelas.
Aaaaaah! Como são belas as estrelas da terra da Florzinha Teresinha!
Numa noite em que passeava com Pai Luis e o Tommy, Teresinha gritou muito entusiasmada:
Teresinha: – Papá, papá! Olha!
Papá: – O que foi, minha querida Rainha?
Teresinha: – Pápi: Olha para o céu! Não vês? Olha que lindo: O meu nome está escrito no céu! De certeza que eu vou ser santa! Eu quero ser santa! Estás a ver, Pápi?
Papá: – Sim, querida. Claro que vejo. Estou certo que serás também a Rainha do Menino Jesus!
Narrador: O Tommy também estava ali a ouvir. Abanava o rabo de contente, porque era o cão da Florzinha Teresinha Rainha do Menino Jesus. Por isso, fez um grande Âo-Ão e disse:
Tommy: – Eu sou um cão bem inteligente e também vejo as estrelas! E dou as minhas pulgas a quem quiser, mas primeiro tem de concordar comigo que o meu nome também está no Céu!
Tommy: – Está ou não está? Digam lá?
Todos: – Estaaaaaaaaaaaaaá!
Tommy: – Então, ão-ão, tomem lá as minhas queridas pulguinhas!
Narrador: Teresinha não gostava do colégio, mas gostava de rezar. Era gordinha e as colegas riam-se dela. Gostava da catequese porque ali lhe falavam muito do seu amiguinho Jesus.
Também gostava muito de ir à missa, cantar para Jesus e de ouvir a Palavra de Deus. E de falar com a Mãe do Sorriso, que é a Mãe de Jesus!
Nos seus passeios quer dava gostava de colher flores que depois oferecia a Jesus. Colocava-as junto da sua Imagem ou atirava-as o mais alto possível. Atirava-as bem alto, para que as pétalas caíssem suavemente sobre o rosto de Jesus!
Narrador: Olá, olá, olá! Ainda estão aí?
Tommy: – Ão-ão! Eu sou um cão bem inteligente e também vejo as estrelas! Dou as minhas pulgas a quem quiser, e ainda aqui estou!
Narrador: Sabiam que Teresinha gostava de música, de dançar e de pintar? Pois, gostava! E nós ainda hoje vamos cantar para Jesus, dançar para Jesus e pintar para Jesus. Como a nossa amiguinha que se chama Teresinha!
Sabem alguma canção para Jesus? Ora cantem lá…
Narrador: As irmãs Maria e Paulina amavam tanto a Jesus que foram para um convento de Carmelitas. Queriam aprender tudo sobre a vida de Jesus, da Mãe de Jesus, e da Igreja.
E Teresinha apesar de ser ainda criança também queria ir para o convento. Ela amava tanto Jesus! Amava-o mais que tudo. Mas teve de esperar alguns anos. O Papá concordava e as irmãs também. Mas ela era ainda bem pequenina.
Porém, ela não desistiu, porque amava muito a Jesus! Por isso, depois duma longa espera, depois de muito pedir ao seu Papá; e a homens importantes como o Senhor Bispo e ao Senhor ao Papa; e à Madre, ela conseguiu entrar no Carmelo por amor… a Jesus.
Tommy: – Ão-ão! Eu sou um cão bem inteligente. Também vejo as estrelas! E sei que Teresinha queria ser missionária!
Narrador: Pois é, é verdade! Ó Tommy, és mesmo um cão inteligente! Olha que me ia esquecendo disso. Seria um erro bem lamentável!
Tommy: – Ão-ão! Pois seria! É que além de inteligente eu também sou um cão missionário! E vou levar-lhes as minhas pulgas porque descobri que o Pai Luis escondia pérolas e jóias entre os meus pêlos!
Narrador: Por fim, o Pai Luis levou ao Carmelo a sua querida Rainha e ofereceu-a a Jesus e à Igreja. Mas ela, muito segura e muito serena, ajoelhou-se à entrada e disse-lhe:
Teresinha: – Pápi: Por favor, antes de ser toda de Jesus, meu Rei, dá-me a tua bênção.
Narrador: O Pai Luis era já velhinho, tinha umas longas barbas bracas, e ficou calado. Duas lágrimas correram-lhe pela barba abaixo até ao chão. Depois, pegou no rosto da sua rainha com as suas mãos de fazer jóias. Falou como um rei e disse a Teresinha:
Papá: – Minha querida Rainha! Amo-te muito! Quero-te muito, ó minha Rainha! Por isso, querida, entra, que eu te abençoo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
Narrador: E o Tommy, sempre presente, disse:
Tommy: – Ão-ão! Eu sou um cão bem inteligente. Também vejo as estrelas! E também sei reconhecer a minha Rainha! Adeus!
Narrador: Então, o Tommy lambeu a cara de Teresinha e recuou para junto do Pai Luis, onde se sentou feliz ao lado do seu rei.
Depois a Rainha ergueu-se, sorriu e acenou para todos. E com passo firme entrou feliz no seu palácio onde vive o Grande Rei, Jesus, que tanto a amava.